terça-feira, 27 de abril de 2010

O Problema do Elogio

O Problema do ELOGIO

Diz o ditado que elogiar nunca é demais. Diz a ciência que não é bem assim. Na próxima vez que afagar o ego alheio, escolha bem as palavras. Do contrário, o alvo delas pode se tornar um dos maiores fracassos que você já conheceu.


Você deve ser muito inteligente. Afinal, está lendo essa matéria. Passou por reportagens sobre assuntos complexos, que ex- pioram a ciência, a economia, a geologia e até a insetologia. Estamos orgulhosos. Assim você vai longe! Em breve estarão entre os maiores pensadores brasileiros. Rumo ao Nobel. hein?
Ah, não diga que agora estão se sentindo pressionado. A gente não queria causar isso. Aliás, ninguém quer gerar esse efeito quando parabeniza outra pessoa. Mas às vezes o tiro sai pela culatra. E o elogio causa um mal danado.
Na verdade, o elogio em si não tem nada de errado. A gente é que não aprendeu a usá-lo do jeito certo. E a lambança é generalizada: disparamos elogios em casa, na escola e no trabalho sem pensar nas conseqüências. Os resultados de tanto paparico podem ser catastróficos. A curto prazo, o coitado que foi enaltecido pode ficar desconfortável, inseguro, ansioso. A longo prazo, esse gênio em potencial corre o risco de virar um arruinado na vida.

Em alguns casos, o estrago começa na infância. Se for reconhecida como inteligente, uma criança pode sentir pressão demais sobre os ormbrinhos para corresponder às expectativas. Isso às vezes é bom, porque incentiva a criança a estudar para conseguir boas notas. Mas também pode ser ruim, muito ruim - por estimular a criança a usar truques para se destacar. Como fizeram alguns dos 400 alunos de uma escola de Nova York pesquisados pela psicóloga americana Carol Dweck, da Universidade Stanford.

Carol realizou uma série de estudos com essa turma. Um deles era composto de 4 provas. Na 1ª, alunos da 5a série fizeram um teste de QI, simples para estudantes da sua idade. Terminado o teste, os pesquisadores davam as notas aos estudantes, e encerravam a conversa com um elogio. Metade deles ouvia "Você deve ser muito inteligente".
Para a outra metade, o texto era diferente - não parabenizava o aluno diretamente, e sim sua atitude: "Você deve ter se esforçado muito para conseguir esse resultado." Carol e sua equipe queriam dividir os alunos em dois grupos "os inteligentes" e "os esforçados" para ver o impacto da diferenciação no comportamento das crianças.
O impacto apareceu rapidinho, já na 2a tarefa. Nela, os estudantes tiveram a chance de fazer sua escolha: um teste simples, tão fácil quanto o 1°, ou um mais complicado. que "faria com que eles aprendessem muitas coisas novas".
O grupo dos inteligentes escolheu o teste fácil. O dos esforçados foi mais cora-joso optou pela prova difícil. Ai veio o 3° teste, bem mais complexo que os anteriores. Os dois grupos se deram mal. Só que os esforçados justificando o apelido se dedicaram muito mais à resolução da prova. Os inteligentes? Esses aí ficaram extremamente nervosos. Mal conseguiram terminar o teste.

A grande surpresa. no entanto. veio na 4a prova. Essa era barbada, tão fácil quanto a primeira. O resultado: os elogiados pelo esforço melhoraram em 30% a nota que haviam tirado na 1ª prova. Já os inteligentes foram mal o desempe- nho deles despencou 20%.

Xô, risco

Não é difícil entender o que a pesquisa mostra. Uma criança elogiada pela inte- ligência entende o seguinte: "Tenho que ser sempre inteligente, porque essa é a imagem que os adultos têm de mim".

Mas manter um alto nível de inteligência não parece uma tarefa um tanto abstrata? Imagine para uma criança. O jeito é adotar a saída genérica (e mais fá-
cil): parecer inteligente. Para isso, basta criar uma zona de segurança. Evitar provas difíceis, cursos complicados, qualquer desafio que possa represen-
tar um risco à imagem. Já na cabeça do aluno elogiado pelo esforço, o pensamento é outro: se passou por esse desafio, pode vencer o próximo - basta
tentar. "Por isso o elogio deve ser dirigido para o processo, e não para o resultado", diz Carol. "Sempre para as ações, nunca para a pessoa."
Refugiar-se nessa zona de segurança não é coisa de criança. Adolescentes e adultos fazem isso.
Garotas gostam de sentir-se atraentes, certo? Se uma menina recebe cantadas na faculdade sempre que está maquiada, por que iria à aula de cara limpa? Vai que alguém percebe que ela não é tão gata assim. E aquele amigo que sabe tudo de cinema e tem fama de culto? Talvez ele não entre na próxima discussão que vocês tiverem sobre Camus. Se ele não souber muito sobre literatura, a conversa tem potencial para destruir a reputação dele na patotinha.
A zona de segurança até é capaz de evitar que a imagem desse pessoal e a sua, porque você talvez já tenha recorrido a ela saia arranhada. Mas também gera o medo de arriscar. Pode fazer alguém evitar uma promoção no trabalho, uma mudança de cidade, uma pós-graduação difícil... Qualquer desafio. Como Carol Dweck descobriu em suas pesquisas. "Conversei com vários adultos considerados gênios na infância que nem concluíram a universidade". diz. "Eles não sabiam lidar com o fracasso."
Identificou-se com algum desses casos? Não se culpe, é natural buscar uma área de conforto nosso cérebro faz isso. Tanto que, se você receber elogios constantemente. ele vai achar que você já está em um ótimo patamar. E vai parar de trabalhar para ajudar você nas próximas conquistas.
Não, ele não está conspirando contra você. Só deu uma descansada. Sempre que ganhamos parabéns por algo, o cérebro entende isso como uma recom- pensa. Você fez algo bom e recebeu um agradinho.
Ponto para você. Mas o cérebro quer que você acumule mais pontos, e por isso incentiva iniciativas ousadas. É a nossa motivação, gerada por uma área do cérebro chamada centro de recompensa. "Está aí o segredo da persistência", diz o psiquiatra Robert Cloninger da Universidade Washington de St. Louis, Missouri. "O corpo trabalha com determinação depois que aprende a lição."
O problema é quando acumulamos elogios - ou pontos - demais. O cérebro entende que nem precisa mais mandar a mensagem de incentivo. É como
se o centro de recompensa se aposentasse da torcida pelo seu sucesso. Pior para você: sem esse apoio, você acaba sem motivação para fazer as tarefas. Sem disposição para buscar a tal bolsa de estudos no exterior ou criar aquele projeto novo no escritório.
Moral da história: seja por medo de arriscar. seja por falta de vontade, uma pessoa talentosa e devidamente elogiada pode se dar pior na vida do que
alguém meramente esforçado. Existe, no entanto, uma pessoa capaz de colocá-los em pé de igualdade (e da pior maneira possível): o chefe.

Chefes são como pais. Depositam uma expectativa enorme em cima dos funcionários. Muitas vezes usam os parabéns para impor um comportamento específico. É o "elogio controlador", que funciona mais ou menos assim na prática: "Bom trabalho. Gosto quando você apóia minhas idéias".
"Nesse caso, o chefe está mandando um sinal bem claro: faça tudo do meu jeito e será reconhecido". diz Willian Buli, consultor da Mercer, especializada
em recursos humanos.
Assim, o elogio vira ordem. Mas tem o caso em que o elogio deixa o funcionário sem qualquer diretriz. "Numa empresa, o elogio vem quase sempre
para os resultados, poucas vezes para o esforço individual" diz Buli. a prática, vira aquele tapinha nas costas depois de um relatório. O chefe gostou
dos números. mas nem se importou com o que sua equipe fez pra consegui-los. Sem saber que tipo de atitude devem ter dali para a frente, os funcionários
ficam perdidos. Tão inseguros quanto as crianças
estudadas pela psicóloga Carol Dweck.
Por isso, um conselho. Se você não receber nenhum elogio do professor. dos pais ou do chefe nos próximos dias, não se preocupe: esse pode ser o melhor caminho para o seu sucesso.
ELOGIO EM FAZ O CEREBRO TRAVAR

Só no Mal Entendido – Quando a mensagem do elogio não chega como deveria:






















Fonte: Revista Super Interessante Abril/2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Treinamento Aventura Winners

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Palestra:Vendedores Vencedores



• Programa Pessoal de Sucesso em Vendas
• Inteligência para o Sucesso em Vendas


Vivemos a era da inteligência: Inteligência Emocional, Interpessoal, de Adversidade, etc. Mas por que se fala tanto em inteligência nesses dias? Esta é a grande questão. Nunca houve tanta gente, mas ao mesmo tempo também nunca houve tanta competitividade no mercado. Hoje competimos com empresas do outro lado do mundo, pois o mundo ficou pequeno e cada vez mais complexo. A questão é “como se dar bem nesse panorama tão disputado”? Apesar do termo se dar bem parecer meio chulo, esse é o objetivo da esmagadora maioria de vendedores do varejo de grandes centros do mundo inteiro. O consumidor está exigente, volúvel e intensamente assediado por concorrentes de todos os cantos do mundo. Por isso quem quiser se dar bem em vendas nesses dias vai ter muita inspiração e transpiração, como se dizia no tempo de comprar no caderno da loja da esquina. Diz o adágio do meio corporativo: “tempos difíceis, medidas extremas”. Sim, precisamos suar a camiseta, mas também não podemos colocar toda essa força vendedora de forma inconseqüente e descriteriosa. Por isso a Inteligência, a fim de que possamos cortar caminho e diminuir nosso esforço e aumentar nossos resultados, para trabalharmos um pouco mais e ganhar muito mais. Para tanto precisamos cumprir um roteiro desenvolvedor, uma rotina de procedimentos e atitudes que nos levarão ao que tanto desejamos: boas vendas, regularidade e paz. Não é o que tanto queremos?
Pois nessa palestra o Prof. expõem as bases da inteligência de vendas que vão ajudá-lo a encontrar esta tão esperada e almejada PAZ.

- Tópicos da Palestra:
* Inteligência de Vendas
* O que é inteligência
* As Inteligências de Gardner
* As 6 bases da Inteligência de Vendas
* Proatividade
* Iniciativa
* Relacionamento
* Ego-drive
* Back-office
* O cliente
* Comece já
* O mistério dos 100 dias

O que a palestra proporcionará aos participantes:
- Desenvolver um novo padrão comportamental que dará mais movimento na loja, efetividade, fidelização e postura aos participantes.
- Tirar os vendedores da passividade, dando-lhes mais determinação, critério e objetividade.
- Despertar para a necessidade de impor ao seu trabalho uma marca pessoal que lhe dará a possibilidade de atrair, cativar e reter clientes.
- Uma maior percepção do cliente.
- Maior profundidade em seus relacionamentos.
- Um programa para, em 100 dias, assumir uma nova postura e comportamento que vai se incorporar a sua personalidade, passando a fazer parte do vendedor essa nova habilidade e comportamento.

Palestrante: Prof. Omar Seadi Torriani

Aqui você poderá assistir o Video com as Fotos dos Participantes e da Palestra!!! Aproveite!!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Os tempos mudaram e as pessoas também!


Outro dia ouvi de um cliente o comentário de que uma pessoa havia lhe dito o seguinte: “se minha mãe não conseguiu me fazer mudar, não vai ser você que vai fazer isso aos meus 44 anos”. Havia algum tempo que não ouvia este tipo de comentário. Nossos antepassados diziam: “pau que nasce torto, morre torto”! Uma espécie de alusão popular às teorias deterministas, tanto biológica, como antropológica, em contraposição ao livre-arbítrio. Sempre me chamou a atenção a forma como as pessoas blindavam-se para a necessidade de mudar hábitos e comportamentos, como se as pessoas devessem aceitá-los porque simplesmente “eu sou assim mesmo”.

Os tempos mudaram, o mundo mudou e as pessoas tiveram que se ajustar. Inicialmente foi a entrada da informática nas empresas, provocando grandes dores de cabeça nos trabalhadores no início da década de 90. Daí nasceu até a expressão dos tecnofóbicos, pessoas que simplesmente se negavam a lidar com as novas engenhocas eletrônicas, que a modernidade trazia e as empresas adotavam rapidamente. A segunda grande onda de mudanças foi a invasão da Qualidade Total, que trouxe novos conceitos e de grande impacto comportamental. Em uma grande empresa aqui do RS, um empresário, diante da resistência dos funcionários à necessidade de mudanças, disse: “ou vocês mudam ou eu mudo vocês”! Quem entendeu o recado mudou e ficou, quem não entendeu o recado teve que “se mudar”, sutil... Por fim, a competitividade e a globalização está exigindo alta performance de profissionais e equipes e, para isso, a única constante é a necessidade constante de mudanças (Heráclito, 300 anos A.C.).
A minha atividade profissional (Coaching) me põe dentro do olho desse furacão de mudanças comportamentais, mas isso não tira a percepção comparativa de 25, 30 anos atrás da forma abissal que as pessoas têm se jogado à necessidade de inaugurar novos comportamentos para mudar performance, relacionamentos profissionais, refletindo-se também na vida pessoal. Isso confere um ar mais ameno às críticas que seguidamente se faz a esses tempos tão atribulados e incertos. Hoje as pessoas estão muito mais afinadas com a necessidade de se relacionar, de liderar, de compreender e se dar bem com os outros e o caminho para isso foi a autoconsciência, a percepção de si e a fenomenal capacidade de evoluir e se desenvolver. Percebe-se atualmente uma indelével busca de profissionais e corporações por métodos e programas que proporcionem essas mudanças, a fim de se adequarem às demandas que o mercado e a sociedade moderna nos cobra. Por isso...

Bendita mudança!!

Omar Seadi Torriani
Coach e Consultor de Empresas

Não Fuja da Dor


Esta entrevista foi realizada pela Revista Veja. Achamos interessante compartilhar com vcs!!!

Para um dos psicólogos mais polêmicos dos Estados Unidos, é preciso aceitar a tristeza porque felicidade não é normal.

O psicólogo americano Steven Hayes, de 57 anos, está causando alvoroço entre seus colegas de profissão. Em seu novo livro, Saia de Sua Mente e Entre em Sua Vida, publicado no fim do ano passado nos Estados Unidos, ele rompe com um método em voga na psicologia há trinta anos: a terapia cognitiva, que instrui pacientes a se livrar de seus pensamentos e sentimentos negativos. Hayes diz que, ao contrário, é preciso aceitar a dor e o sofrimento como parte da vida. Suas teorias causam especial impacto no tratamento de distúrbios como a depressão e os transtornos de ansiedade. Autor de 27 livros e centenas de artigos científicos, nos últimos dez anos Hayes recebeu mais de 5 milhões de dólares do governo americano para avançar em seus estudos. Ex-presidente da Associação de Terapias Cognitivas Comportamentais, ele está há onze anos sem ter um ataque de síndrome do pânico, que o aflige desde os 29 anos. Hayes concedeu a seguinte entrevista a VEJA de sua casa no estado de Nevada, onde mora com a mulher, a psicóloga gaúcha Jacqueline Pistorello, e três de seus quatro filhos.

Veja – Por que o senhor diz que felicidade não é normal?
Hayes – Muita gente tem um conceito distorcido de felicidade. O mais comum é vê-la como ausência completa de dor e como uma seqüência de momentos nos quais a pessoa se sente bem. É fácil preencher a vida com uma série de episódios efêmeros de bem-estar, como sair com os amigos ou beber um bom vinho. São diversões que podem trazer satisfação momentânea, mas na manhã seguinte a vida não estará melhor e não haverá como evitar que aconteçam coisas ruins. Todos sabemos que um dia vamos morrer, todos nós lembramos da perda de um amigo querido, de algum erro que cometemos, de dramas, traições ou doenças. A diferença entre o homem e outras criaturas está na capacidade que ele tem de usar suas habilidades cognitivas para remoer os erros e infortúnios do passado e temer as incertezas do futuro. Por isso o normal é sentir dor e sofrer.

Veja – Qual o problema em tentar evitar a dor?
Hayes – Ao fazermos isso, acabamos criando uma série de medos e fobias, que aumentam ainda mais o sofrimento. O conceito de que felicidade é como a ausência de sentimentos ruins nos leva a reagir à dor de uma maneira que limita nossa vida. Ou seja, que só piora as coisas. Isso nos deixa menos abertos a estabelecer novos relacionamentos, leva-nos a evitar lugares que tragam lembranças do passado ou situações desagradáveis. Dessa forma, perdemos a oportunidade de um envolvimento real com o que acontece a nossa volta. Isso também nos impede de ir atrás do que realmente queremos. Em casos extremos, como na depressão, quem tenta a todo custo evitar a dor começa a ficar entorpecido. Passa a não sentir nada, apenas um vazio profundo.

Veja – O suicídio é uma dessas formas de fuga da dor ou essa idéia é apenas um lugar-comum?
Hayes – Trata-se da explicação mais plausível na maior parte dos casos. Muitos suicídios são um último esforço para acabar com a própria dor. Em seis de cada dez casos os suicidas deixam escrito, em bilhetes, que não agüentavam mais sofrer. Há uma mensagem nisso tudo: evitar os sentimentos dolorosos é rejeitar a própria vida. Aceitá-los como parte da existência é a melhor atitude. Até onde sabemos, depois de mortos não sentimos mais nada. E não há vantagem nisso.

Veja – Quando encostamos a mão numa panela quente, o reflexo natural é afastá-la imediatamente. Não está na natureza humana evitar a dor?
Hayes – Em termos. O problema é que estamos vivendo uma espécie de ditadura da felicidade. Aceitar a dor sempre fez parte dos costumes e tradições humanas. Hoje, pela primeira vez na história da humanidade, existem tecnologia, remédios e terapias para acabar com a dor. Isso não é lá muito sábio. Ao buscar um desses recursos, corre-se o risco de cometer um erro que tornará aquela dor inevitável, transformando a vida em uma espiral infinita de sofrimento.

Veja – O senhor pode dar um exemplo?
Hayes – Imagine alguém que tenha sido traído pelo parceiro no passado e, por isso, só consegue ter relacionamentos superficiais, em que o risco de se magoar é pequeno. Esses relacionamentos servirão para distrair ou para aplacar a solidão, mas nunca atingirão o nível de envolvimento e intimidade desejado. Nesse caso, a persistência do medo de sentir dor acaba tendo um efeito permanente na vida do indivíduo. É como se sua mente sabotasse sua própria vida.

Veja – Que tipo de felicidade se deve buscar?
Hayes – A pessoa deve definir o que realmente quer da vida a longo prazo, descobrir quais são seus próprios valores e viver de acordo com eles. Isso é ser feliz. Para alguns, significa ajudar os outros e sentir-se útil para a sociedade. De nada adianta querer se sentir feliz o tempo todo. Vamos imaginar uma situação de dor extrema: a morte iminente da mãe. O filho está a seu lado para dizer quanto a ama e ouvir o que ela tem a lhe falar. É óbvio que esse não é um momento feliz. Tem, no entanto, um significado valioso para a vida daquele filho. Imaginemos uma outra cena, de aparente felicidade: um homem rindo, dançando, tomando um bom drinque e, no fim da festa, indo para casa com uma loira escultural. À primeira vista, ele está feliz. E se eu disser que essa é a décima vez que ele se embebeda neste mês? E se disser que ele está bebendo para esquecer os problemas em casa, que acabou de conhecer a mulher com quem saiu e não vai se lembrar de nada no dia seguinte? Uma situação aparentemente prazerosa pode ser destrutiva e não acrescentar nada, em termos emocionais, a seus protagonistas. Nosso conceito de felicidade está ligado a emoções de curto prazo. Essa correlação nunca foi verdadeira.

Veja – Como essa idéia pode ser transformada em tratamento psicológico?
Hayes – Uma etapa da terapia de aceitação e comprometimento, que defendo no meu último livro, consiste em ajudar os pacientes a encontrar seus valores e objetivos. Um dos exercícios que proponho é que eles escrevam seu próprio epitáfio, uma frase que considerem digna de ser colocada em seu túmulo. O resultado em geral é algo próximo de "aqui jaz Sally, que amava muito seus filhos", não "aqui jaz Sally, que tinha uma casa enorme" ou "aqui jaz Sally, que sofria de ansiedade". Ou seja, queremos que nossa vida seja lembrada pelos valores que seguimos. As artimanhas que usamos para não sentir dor nos desviam de nossos objetivos. E é por eles que vale a pena viver. Nosso trabalho é ir na direção oposta à de nossos medos. Tentamos conseguir, com muito cuidado, fazer o paciente explorar a tristeza, a depressão e a ansiedade que ele sente, para percebê-las e observá-las.

Veja – Não é um processo muito arriscado?
Hayes – O que nós propomos não é tentar mudar os pensamentos ruins, mas que eles sejam aceitos e deixem de influenciar o comportamento do paciente. O processo consiste em se distanciar aos poucos de todos os pensamentos, tantos os negativos como os positivos. O resultado é que as obsessões vão se diluindo. Em um caso grave, obtém-se sucesso quando o paciente começa a ter consciência do que o aflige. Um paciente psicótico dá sinais de melhora quando muda o pensamento "eu sou a rainha de Sabá" para "eu estou pensando que sou a rainha de Sabá". O segundo passo é o paciente descobrir que tipo de vida quer ter e tentar conquistá-lo, sem permitir que o medo de sentir dor o desvie de seus objetivos.

Veja – Que técnicas o senhor utiliza?
Hayes – Eu ensino os pacientes a identificar seus sentimentos e a tratá-los como se fossem objetos. Uma das técnicas consiste em resumir os pensamentos ruins em uma única palavra e dizê-la alto e rápido por 45 segundos. Aos poucos, a palavra perde seu sentido e o paciente começa a ouvir apenas um ruído. Com isso, ele se dá conta de que não vale a pena se estressar ou acabar com sua vida por causa daquela palavra, daquele ruído. Outras vezes, pedimos para o paciente cantar seus pensamentos negativos ou repeti-los imitando a voz de um personagem de desenho animado. Funciona também na voz de um político impopular. O propósito não é ridicularizar o paciente, mas fazê-lo notar que se trata apenas de um pensamento. Essa técnica vale para todo tipo de problema, desde memórias desagradáveis, medos, traições, culpa até dependência de substâncias químicas.

Veja – Em quanto tempo os resultados aparecem?
Hayes – Em alguns casos, em poucas horas. Certa vez obtive bons resultados com psicóticos em apenas três dias. Com pessoas que sofrem de alcoolismo ou dependência química são necessárias ao menos 25 sessões. Muitas vezes, a mente insiste em não cooperar. Quando pensamos em algo, a tendência é julgarmos o pensamento como certo ou errado. O que eu tento fazer é sair desse caminho óbvio. Por isso a mente protesta.

Veja – Quase 20% da população mundial terá depressão em algum momento da vida. Por que essa doença se tornou tão comum?
Hayes – Não é só a depressão. Nas últimas décadas assistimos ao rápido crescimento de uma série de doenças psicológicas. Isso inclui desde os transtornos de humor, como a depressão e o distúrbio bipolar, até os de ansiedade, como a síndrome do pânico, o transtorno obsessivo-compulsivo e o stress pós-traumático. A explicação é que não sabemos mais lidar com nossas experiências negativas. Muitos depressivos pioram em decorrência de um processo que chamamos de rejeição dos sentimentos: você tenta não sentir o que está sentindo, e o resultado é que sente mais ainda.

Veja – Por que isso ocorre com mais freqüência na atualidade?
Hayes – No mundo moderno esse processo é intensificado por dois motivos. O primeiro é que, com a tecnologia fazendo tudo mais fácil, somos pressionados a acertar sempre e a conseguir tudo o que queremos. Com isso, temos dificuldade em lidar com nossos limites e com os percalços do cotidiano. No passado, as pessoas aprendiam a se decepcionar e a aceitar suas fraquezas de maneira mais saudável. Basta olhar para as tradições religiosas que antes tinham grande aceitação: os fiéis jejuavam porque essa era uma forma de simular a dor dos antepassados ou de um salvador. O segundo motivo é a ditadura da felicidade superficial, que nada tem a ver com uma vida repleta de sentidos. Hoje você diz às crianças que elas devem se sentir bem de dia e de noite, e se elas não conseguem é porque há algo errado. O resultado é que elas se tornam incapazes de lidar com o desconforto de uma maneira saudável. No futuro, essas crianças serão mais vulneráveis a problemas de saúde mental.

Veja – O senhor está dizendo que a tendência para querer evitar o sofrimento a qualquer custo é o único fator de risco para a depressão?
Hayes – Não. O histórico familiar conta muito. A propensão à doença é maior quando há casos de depressão, transtornos de ansiedade ou alcoolismo na família. Esses três distúrbios andam juntos, e na raiz de todos eles está a dificuldade em lidar com a dor. Em geral as mulheres tendem a ter mais depressão que os homens. Por uma questão cultural e educacional, elas são estimuladas a agir passivamente ao lidar com emoções negativas.

Veja – Como distinguir depressão de tristeza?
Hayes – Os sintomas da depressão avançam por um período maior, no mínimo por semanas. Quando está deprimido, o paciente não quer sentir mais nada. A metáfora usada é a de um buraco que se abre no chão e suga todas as suas emoções e energias. Um dos principais sintomas é a falta total de interesse na vida. O indivíduo não quer mais saber de comida, sexo ou qualquer atividade que costumava lhe interessar.

Veja – O que o senhor acha do uso de remédios antidepressivos em combinação com a terapia?
Hayes – Tenho algumas ressalvas aos remédios que não tiveram sua eficácia comprovada, como alguns antidepressivos. A indústria faz bilhões de dólares com esses remédios, e seus resultados muitas vezes são pífios. O Prozac, por exemplo, foi anunciado como uma revolução no tratamento da depressão. Em uma pesquisa recente, ele teve nos voluntários um efeito apenas um pouco melhor do que o de placebo. Com resultados como esses, o melhor seria tomar pílulas de açúcar em vez de antidepressivos. Outras vezes, combinar remédio e terapia é improdutivo, porque a droga, além de causar dependência, interfere no que o paciente faz no consultório. Tranqüilizantes contra a ansiedade, por exemplo, prejudicam os efeitos das terapias de exposição, aquelas em que o paciente enfrenta situações nas quais é obrigado a vencer os próprios medos.

Veja – O senhor teve seu primeiro ataque de pânico aos 29 anos. Como isso mudou a sua vida?
Hayes – Eu tive síndrome do pânico e agorafobia. Tinha medo de lugares e situações em que não poderia ser socorrido caso passasse mal. Cheguei a um ponto em que não podia entrar em um elevador, participar de reuniões ou mesmo falar ao telefone. Foi algo realmente doloroso, porque não podia seguir plenamente a vida que tinha escolhido. Dar aulas era um suplício. Meu primeiro ataque aconteceu logo depois de me divorciar e, por isso, não pude ser o pai que gostaria de ter sido para meu filho mais velho. Eu estava empenhado em uma guerra dentro da minha própria cabeça.

Veja – Como o senhor se curou?
Hayes – Durante dois anos, eu não podia entrar em lugares pequenos nem muito abertos. Tudo o que eu fazia girava em torno da doença. Foi quando me dei conta de que, se não reagisse, ela acabaria enterrando minha carreira. Aos poucos, comecei a aprender a aceitar a dor e a ver meu problema com certo distanciamento. Ter passado por essa experiência hoje me ajuda a compreender meus pacientes. Faz onze anos que não tenho uma crise. Quando a última ocorreu, aprendi a nunca dizer nunca. Sempre digo que ainda não estou curado. Nunca estarei. Sou uma pessoa com síndrome do pânico em recuperação. É o mesmo que ser um ex-alcoólatra.


Fonte: Revista Veja

Governança Familiar


As mudanças no mundo dos negócios têm causado constantes preocupações com a condução da gestão para atingir os resultados e permanecer no mercado. Diante desse cenário, a empresa familiar vem adotando estratégias apoiadas no modelo de gestão de governança familiar, cujo objetivo é intermediar os interesses patrimoniais da família e o interesse dos negócios, podendo ser vista sob a ótica de três subsistemas propriedade-familia-gestão, procurando envolver e comprometer todos os familiares para o mesmo caminho.
Dentro dessa visão, a empresa familiar passa por processos de mudanças e subdivide-se em grupos de interesses com papéis e responsabilidades definidas para manter o equilíbrio e a harmonia entre a relação familiar e profissional, compondo objetivos e regras que possam apoiar na disciplina da família com relação ao negócio e outras atividades.

O empresário pode estar se perguntando, mas para quê a mudança? A maior preocupação da governança familiar é a harmonia e o bem-estar da família, o que se acredita ser precondição para a prosperidade patrimonial. A família empresaria passa por constantes transformações que envolvem interesses pessoais, profissionais e familiares que podem ser distintos ao negócio ou não, e que de certa forma, podem interferir nas relações familiares e na definição da perpetuação dos negócios da família.

No modelo de gestão da governança familiar ocorre uma reestruturação, a família se reorganiza numa visão profissional, porém sem perder os laços afetivos, valores e a sua cultura. O processo é empreendedor e os interesses do grupo diretivo permeiam a formalidade, sendo mais abertos e democráticos. As diretrizes e os planos futuros da empresa passam a ter mais clareza, objetividade e direção, o que tende a gerar segurança para a família e possibilidades de desenvolvimento sustentável com satisfatórios resultados financeiros.
Porém é preciso lembrar que dentro desse modelo de gestão se faz necessário respeitar o momento e as relações familiares. O ritmo das ações é mediado pela condição da família, almejando-se alcançar uma evolução gradual até se atingir o progresso necessário.

Jaqueline Fouchy - Pisicóloga e Gestora de Recursos Humanos

Winners - Desenvolvimento Empresarial e Pessoal
" Ajudando Pessoas a encontrar o seu Melhor"

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Treinamento Vendedores Consultivos!!


Simplesmente tirar pedidos não é mais a rotina do vendedor moderno. As empresas querem muito mais de seus profissionais de vendas.

Conceitos avançados de Marketing como planejamento e fidelização de clientes não são mais privilégios de grandes corporações. As pequenas e médias empresas também dependem fundamentalmente das vendas seqüenciais e crescentes dentro do mesmo cliente.

Expandir negócios e otimizar o fluxo de relações com clientes é uma das mais importantes necessidades das empresas modernas.
Para poder atingir esse nível de relação com o cliente um agente precisava mudar: o vendedor.

Este novo conceito não depende unicamente do conhecimento específico e técnico do vendedor, depende da assunção de uma nova postura, de um relacionamento bastante transparente e de muita habilidade extraordinária para conquistar este nível de conexão com o cliente.

Muitas empresas têm tentado recrutar profissionais com esse perfil. Algumas optam por formá-los. Quem tiver essas características poderá aproveitar essa rara oportunidade numa das mais proveitosas carreiras do mercado de trabalho.

Público-alvo: O treinamento foi feito para as pessoas que desejam evoluir e quebrar paradigmas da venda. Se você é ou quer ser um profissional bem sucedido, chegou a hora de fazer parte do Sistema Winners de Treinamento em Vendas.


Data do Início: 18, 19 e 20 de Maio.

Horário: 19:00h às 22:30h.

Local: Personal Royal Hotel (antigo Mabu) - Rua Garibaldi, 153 - Caxias do Sul

Vagas Limitadas!!

Carga horária: 12 horas/aula.

Maiores Informações sobre valores de investimento, entrar em contato:
Telefones: 54 3215 18038/ 54 3215 2449
Emails: cursos@winners-rs. com.br ou caren@winners-rs.com.br

Através do site: http://www.winners-rs.com.br/agendaDet.php?id=366

13ª Turma do Curso Vivencial de Inteligência Interpessoal



Objetivo do Treinamento: Desenvolver gradativamente os fundamentos da Inteligência Interpessoal, possibilitando aos alunos a assimilação, através da participação nas dinâmicas e práticas, a verdadeira noção de todas as habilidades propostas.

Cada módulo é apresentado dentro de uma lógica adequada, permitindo uma evolução, visão e percepção das relações interpessoais.

Tais atributos farão com que seus relacionamentos se aprofundem, intensifiquem e dinamizem, proporcionando mais sucesso, realização e principalmente menos stresse.

Veja informações deste curso abaixo:

Público - Alvo: Dirigentes empresariais, gerentes, trabalhadores, lideres, estudantes, enfim, qualquer pessoa que deseje ampliar sua capacidade de relacionamento interpessoal.

Data de Inicio: 03 de Maio , segunda feira, mais 7 encontros semanais nos dias 10, 17, 24 e 31 de Maio, mais 07, 14 e 21 de Junho de 2010, perfazendo os 8 encontros do curso.

Horário: 19:00 às 23:00h

Local: Personal Royal Hotel (antigo Mabu) - Rua Garibaldi, 153 - Caxias do Sul

Vagas Limitadas!!

Maiores Informações sobre valores de investimento, entrar em contato:
Telefones: 54 3215 18038/ 54 3215 2449


 
Simple Proff Blogger Template Created By Herro | Inspiring By Busy Bee Woo Themes Distribuido por Blog templates